MAISA FOI ASSEDIADA
POR CAMELO
CRIANÇAS
ARTISTAS EM AMBIENTES ADULTOS
MAURO
MARCOLINO CARNEIRO, PAULO SÉRGIO SCHEMBERGER, MARIA APARECIDA CARBONAR
Os meios de
comunicação, principalmente a televisão, não têm mais limites no uso da imagem
e exploração de seus atores e atrizes mirins. Essas crianças são erotizadas em
papéis que deveriam ser dramatizados por adultos. São expostas a situações onde
tem que interpretar personagens problemáticos, com adultos desajustados.
Frequentar ambientes antes exclusivos a adultos: bares, boates, coquetéis de
lançamentos de novelas, filmes, comerciais. Isso quando não tem que dançar com
passos e trejeitos um ato sexual em frente a adultos e plateia que se deliciam
com cenas dignas de um anfiteatro romano. Todas as crianças e essas inclusive
estão amparadas no ECA, em seu capítulo V. O que muitas vezes acontece são
vistas grossas do Conselho Tutelar para esses atores e atrizes mirins. Se os
conselheiros agissem da mesma forma como agem para os simples mortais, a mídia
os taxariam de inimigos da liberdade expressão.
Tudo indica que melhorar a qualidade de
vida das crianças, está no atendimento na escola básica, além de educar para a
civilidade, seja a saída para anular o retrocesso civilizatório que
enfrentamos. No Brasil, não é o caso, como nos países onde exércitos mobilizam
crianças e adolescentes, de trazer criança de volta à escola, à família, ao
aconchego do lar, deixando de serem soldados. Trata-se de melhorar a escola de
modo que não se tornem defasados no estudo e acabem evadindo-se dela para
trabalhar em ambientes que são inapropriados para as crianças. É complicado
penalizá-los. Quem? Família, Estado. E por aí se acaba chegando a uma
anistia branca para muitos praticantes de atos ilícitos, que causam mal a
sociedade, mas não são castigados. O curioso está, porém, na passagem da
indignação à impunidade.
Mas, quem sofre realmente com essa
situação? As crianças são as maiores vítimas desse mundo erotizado em que
vivemos. Como acabar com isso? Incluir nas escolas Educação para a Paz e
Educação em Valores Humanos seria uma saída. Levar nossas crianças de volta à
infância, nas brincadeiras saudáveis e inocentes que brincávamos em nosso
tempo. Seria possível aliar às brincadeiras do passado as novas tecnologia que
se apresentam diariamente pelos meios de comunicação? Tudo é possível se
levarmos em consideração que queremos resgatar a fase mais inocente de nossa
vida que é a infância. Brincar nas ruas, soltar pipas, pular corda e amarelinha
e outras tantas brincadeiras inocentes que resultariam num crescimento saudável
e não num protótipo de adulto miniatura. Com seu jeito de vestir inocente e
alegre com sua vivencia em lugares que são propícios a sua idade. Podemos sim
resolver esse problema, mas para isso devemos deixar a ganância e a mídia que
busca lucro com a imagem de crianças um pouco de lado e deixá-los usufruir
dessa fase tão linda e encantadora. Elas até podem e devem contracenar nas
novelas e filme, mas desempenhando o seu verdadeiro papel: ser criança!
CRIANÇAS
ARTISTAS EM AMBIENTES ADULTOS
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